A Bundesliga é um exemplo a ser seguido pelo futebol mundial. Liga popular, sustentável e com rígido controle fiscal, o Campeonato Alemão é hoje um dos mais ricos e atrativos torneios em todo o mundo. Mas existe um problema e ele se chama Bayern de Munich.
O Bayern nessa atual temporada está muito próximo do seu quinto titulo consecutivo. Os bávaros já abriram 13 pontos de diferença para o RB Leipzig, segundo colocado, faltam apenas nove rodadas para o fim da competição nacional. Só que esse desiquilíbrio tem começado a incomodar; havia pouco tempo, o assunto era desconversado pelos dirigentes alemães.
O Borussia Dortmund foi o último campeão alemão antes dos anos de sequência do Bayern. Isso aconteceu em 2012.
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| Christian Seifert o CEO da Bundesliga. |
Segundo o CEO da liga, Christian Seifert, isso pode prejudicar a promoção do campeonato nas outras partes do mundo.
- Isso é claro, e você não pode culpar o Bayern por isso, mas eles são campeões há alguns anos em sequência, o que não contribuiria muito na percepção da competição no exterior - afirmou o dirigente à revista "Kicker".
- Na Inglaterra, no começo da temporada cinco clubes se colocam com o objetivo de vencer o título. Na Itália, três. Na Espanha, dois. Na Alemanha, nenhum dos 17 clubes fala sobre perseguir (o Bayern), e isso tem que mudar em certo ponto - analisou.
Aparentemente, a concepção mudou, mas ainda sem um plano definido para mudar a situação. Na verdade, os dirigentes têm pouco o que fazer frente ao apelo global do Bayern, além de sua localização na mais rica região da Alemanha.
De sua parte, a Bundesliga mantém cotas de televisão equilibradas e tem aumentado a arrecadação com patrocínios, divididos entre os times. As contas favoráveis se devem ao crescimento de audiência e público da competição, situação que pode mudar caso o torneio permaneça sendo de um time só.
Apesar do domínio do Bayern, o Campeonato Alemão segue apresentando a maior média de público da Europa, com 90% de ingressos vendidos por jogo.
- Estamos notando um aumento da audiência televisiva e isso aumenta o interesse dos patrocinadores " concluiu Seifert.
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